sexta-feira, 7 de março de 2008

O Nascimento da Filosofia

O nascimento da Filosofia

Para os grandes historiadores, ocorreu a criação da filosofia de forma análoga nas colônias gregas, nas costas jônicas, nas cidades helênicas da Ásia Menor nos primeiros anos do século VI a.C.e na própria Grécia no século V. Ela nasce graças à sabedoria dos gregos orientais e tem como significado Philo – Philia, que significa amor, amizade e Sophia sabedoria.
Para entendermos a gênese da filosofia é necessário compreendermos a religião grega que se distingue entre a religião pública; tem o seu modelo na representação dos deuses e do culto que nos foi dada por Homero, e a religião dos mistérios que tem suas próprias crenças específicas e suas próprias práticas. Além desses dois mistérios, os mistérios órficos influenciaram muito na história da filosofia. O orfismo introduz um novo esquema de crenças e uma nova interpretação da existência humana.
A filosofia dos gregos nasce da recusa de esclarecer o mundo através do mito que era a magia e os deuses. Os gregos perceberam as discordâncias e dificuldades dos mitos, e reformularam as narrativas místicas. Em suma, a filosofia grega é o amor desinteressado pela verdade.
Dentro do nascimento da filosofia é importante destacarmos a escrita que foi algo bem relevante, porque ocorreu a passagem das palavras para o significado do pensamento de cada homem.
Desde o nascimento, a filosofia apresentou de modo bem claro três conotações que são: o conteúdo (a filosofia pretende explicar a totalidade das coisas, sem excluir as partes ou momentos dela); o método (visa uma explicação puramente racional da totalidade que tem por objetivo); Objetivo (está no puro desejo de conhecer e contemplar a verdade).
A filosofia é um modo de vida, um modo essencial que justamente consiste em viver numa certa ciência que determina o sentido da vida filosófica. As ciências particulares formam a matemática, a física e a história.
Os primeiros questionamentos feitos pelos filósofos foram a busca do conhecimento racional da ordem do mundo e da natureza, que ficou conhecida como cosmologia (cosmos, mundo ordenado e organizado e logia = logos).
A filosofia aparece em Mileto, e um grupo de filósofos chamados precisamente de “físicos”, “naturalistas” ou “cosmólogos”, pertencentes a três gerações sucessivas, aproximadamente homens de grande relevo na vida do país. Os filósofos são: Tales de Mileto (624 – 546 a.C.) que introduziu a geometria na Grécia e também registrou que tudo o que se conhece é composto por quatro elementos: água, fogo, ar e terra. Anaximandro de Mileto (610 – 546 a.C.) Geógrafo, matemático, astrônomo e político, no qual afirmou que a origem de todas as coisas seria o a-perion, que significa aquilo que é, privado de limites, tanto externos como internos. Anaxímenes de Mileto (585 – 528 a.C.) tem como base explicar a origem do universo ou arché a partir de uma substância única e fundamental.
Além desses filósofos da escola Jônica temos também Pitágoras (571 – 496 a.C.); Heráclito (540 – 470 a.C.); Parmênides (544 – 450 a.C.); Zenão, de Eléia (Séc. V a.C.); Empédocles (490 – 435 a.C.); Anaxágoras (499 – 428 a.C.); Leucipo ( Séc V a.C.) Melisso 444 – 441 a.C.); Demócrito (460 – 370 a.C.) e outros .
Com a chegada dos filósofos sofistas, no século V a.C. o quadro mudou. A problemática do cosmos entrou em crise e a atenção passou a se concentrar no homem e em suas virtudes específicas. Nascia assim a problemática moral, que se distinguiu em dois momentos da vida: o do homem individualmente e do homem em sociedade.
A filosofia continua fazendo história até os dias atuais com os filósofos contemporâneos, que têm como base os filósofos citados juntamente com Platão e Aristóteles, coincidente com o século IV a.C., caracterizando-se, sobretudo, pela descoberta do supra-sensível e pela explicitação e formulação orgânica de vários problemas da filosofia.

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