sexta-feira, 28 de março de 2008

Logos Produções


Diretor: Raphael Eduardo Correa da Silva
Roteiristas: Renata Vetroni Barros
Filmagem: Thiago Palmeira Machado
Produção: Gisele Noguchi
Trilha Sonora: Geovana Alves de Freitas

Título do Filme: “O ser em busca da cura dos males que o assolam”

O filme será abordado em cinco blocos de dez minutos cada.

1º Tema: A abordagem do homem na América Latina
Ø Contexto Histórico;
Ø Perspectiva do homem Latino Americano na visão de Dussel, Kant, Hanna Aredent...
Propostas de entrevistas: Frei Carlos Mesters e a Antropóloga Sonia Lira.

2º Tema: Os mecanismos de defesa do ser humano
Ø Percorreremos o homem desde a sua normalidade até no seu estado de desordem, com o enfoque na doença bipolar (maníaco depressivo)
Propostas de entrevistas: Adalto Chitolina e Clóvis Amorim.

3º Tema: O ser humano e o cuidado de si
Ø Diante das doenças que afetam o ser humano, tentaremos mostrar que há cura, através do contato consigo mesmo e com o outro.
Proposta de entrevista: Professor César Candiotto.

4º Tema: As bases psicológicas da emoção
Ø Será abordada a emoção dentro dos escritos de Baruc Spinoza.
Propostas de entrevista: Vicente Gomes Melo Filho

5º Tema: Uma proposta de cura
Ø Faremos uma simulação de uma terapia em grupo e também algumas entrevistas com o público em geral. Utilizaremos os escritos de Emanuel Lévinas.

Proposta do caderno de atividades: Faremos para o público jovem de Ensino Médio a Universitário e também às pessoas interessadas na questão da cura através das bases filosóficas. A partir de cada tema, faremos um texto fundamentando em alguns filósofos (Spinoza, Kant, Dussel, Hanna Aredent). No final de cada texto colocaremos sugestões de leitura, filmes e alguns questionamentos para as pessoas tirarem as suas próprias conclusões.






quinta-feira, 27 de março de 2008

Terapia: velar por si próprio



O texto “Os filósofos, os terapeutas e a cura” de Daniel Omar Perez licenciado em filosofia pela Universidad Nacional de Rosário (Argentina), mestre e doutor em filosofia pela Unicamp. Atualmente é professor no programa de Mestrado em Filosofia da PUC PR e realiza sua formação de analista na biblioteca freudiana de Curitiba.
O objetivo do texto é apresentar os temas da filosofia que levem a uma terapia, essa conduz a um “velar de si”. Tal itinerário foi traçado pela filosofia durante toda sua história, que ora tende a uma ascensão do ser e ora sucumbe o ser para chegar às respostas de suas dores, angústias, medos e loucuras. O homem é e deve ser seu próprio terapeuta, mas ele também necessita do outro para expor e confrontar com sua parte emocional, cognitiva e racional, porque é mais fácil quando vivemos numa redoma fechada, onde eu não deixo entrar nada e na mesma proporção, não sai nada.
Construir uma filosofia terapêutica não foi um ato simplório, mas uma atitude de superação que por sua vez fez com que novos conceitos fossem criados, ou melhor, novos campos de saberes: a medicina (hipocráticos), matemática, a vida dos cínicos, a vida do homem na natureza e a vida contemplativa.
Atravessar o abismo da dor exige com que o ser se confronte consigo mesmo a partir do outro, pois o outro revela nossos valores, nossos limites, nosso ser e também nos ajuda no processo de auto conhecer-se. É o mesmo confronto que vai criar um autoconhecimento que é o caminho para a qualidade do corpo e da alma.
Por fim, a argumentação do texto nos levou a concluir que a filosofia contribuiu e contribui muito para os avanços da cura. Uma questão que só pode ser resolvida num contexto social que une o ser com a realidade.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Comentário da Tragédia Grega "Antígona"


Antígona foi a única filha que não abandonou o seu pai Édipo, pois o amava muito e esse amor fez com que ela ultrapassasse as barreiras que os seus irmãos Polinice e Etéocles o colocavam, porque não queriam que ela levasse o pai para o seu exílio e seu amor foi tanto que ela não deixou-o até no momento que ele veio a falecer. Hoje temos muito a aprender com Antígona, a valorizar os pais que dão a vida pelos filhos e no final acabam indo para uma casa de idosos ou deixados trancados dentro da casa. Precisamos amar como eles nos amou ou se não sentimos amados, devemos transmitir o amor que nós gostaríamos de ter tido e por algum motivo não tivemos, pois as nossas necessidades são diferentes das dos nossos pais.
Quando retornou a Tebas, seus irmãos estavam brigando pelo trono, porque o importante para eles era o poder e não a vida da pessoa humana. Diante da guerra, seus irmãos morrem e o novo rei Creontes enterra com dignidade Etéocles e deixa Polinice, mas Antígona, não deixa a sua bondade e delicadeza e pede para enterrar seu irmão, porque ela preza muito a pessoa humana, na sua totalidade e não apenas num aspecto e numa realidade.
Creontes não aceita o gesto de Antígona enterrar o irmão e pede para enterrá-la ainda viva. Sua irmã Ismênia, indignada com o acontecimento, oferece para morrer no seu lugar, mas Antígona rejeita a proposta da irmã. Seu noivo, vendo a situação acaba se suicidando porque não é de acordo com a situação ocorrida.
Dentro da nossa casa ou ambiente onde estivermos devemos sempre amar as pessoas por aquilo que elas são e não pelo que fazem, porque muitas vezes agimos contra o nosso próprio coração, para sentirmos amados pelo outro ou para sermos melhores no sentido de querermos ter uma auto-estima alta, mas lá no fundo não passa de uma mera enganação conosco mesmo.


Crítica da introdução “Filósofos e terapeutas”

Do meu ponto de vista, defendo, em parte, a idéia que está por detrás do explícito, de que o homem é terapeuta de si mesmo. Com certeza o homem é e deve ser seu próprio terapeuta, mas ele também necessita do outro para expor e confrontar com sua parte emocional, cognitiva e racional, porque é mais fácil quando vivemos num arredoma fechado, onde eu não deixo entrar nada e na mesma proporção, não sai nada.
Sou de acordo que a filosofia tem muito a contribuir, como já no passado contribuiu com todos os avanços. Hoje deve contribuir para que o homem se abra e deixe transparecer e curar o próprio ser independente do que o outro vai dizer. Além da filosofia, é necessário unirmos com as outras ciências para tentarmos elaborarmos um trabalho, no qual privilegiaremos o ser humano para uma sociedade mais digna, coerente e liberta de si mesmo.
Retirado do Blog
http://filoliber.blogspot.com

Filme: “Filhos da Esperança”

Children of men, com tradução: Filhos da Esperança.
Realização: Afonso Cuarón
Elenco: Clive Owen, Julianne Moore, Michael Caine, Chiwetel Ejiofor, Charlie Hunnam, Claire – Hope Ashitey, Pam Ferris, Danny Huston, Peter Mullan, Oana Pellea.
Nacionalidade: Reino Unido/ EUA, 2006

O filme nos relata uma sociedade estéril, que não sabe o porque veio ocorrer esse fato, mas a situação é crítica, na qual, necessita de uma resolução para o problema. O fato ocorre na Inglaterra que por ocasião da guerra está quase toda destruída e por esse motivo não pode ocorrer nenhuma imigração.
Theodore é seqüestrado e tem como incumbência, por ordem da líder Julian de tentar tirar uma mulher que está grávida, do poder dos ingleses, na perspectiva de exterminar com a esterilidade, mas o fato não foi fácil, porque na metade da viagem Julian, morre e Theodore foge com Mirian e Kee. Passa por vários desafios e acabam entrando no Campo dos Refugiados, onde, Kee dá a luz à linda menina Dylan e consegue sobreviver a tanta guerra pelo rancor que existe nos corações das pessoas da Inglaterra.
Devemos estar atentos à questão da fertilidade das mulheres dentro da humanidade. São tantas vidas não geradas, jogadas nos lixos e rios nas mais diversas localidades dentro da nossa sociedade e do outro lado temos as mulheres que não são férteis pela grande dosagem de medicamentos (anti-concepcionais) que ingerem, para gozarem melhor a vida. Diante dessa realidade a Igreja Católica no documento Gaudium et Spes nº7 nos relata que a Igreja é contra todo tipo de aborto, eutanásia e várias outras situações que as mulheres não dão o direito da criança vir ao mundo.
Neste ano no Brasil nós temos como tema da Campanha da Fraternidade: “Fraternidade e defesa da vida humana. Escolhe, pois, a vida”. A Igreja está nessa luta, em regaste da vida humana, porque toda criança tem direito de ser gerado com dignidade, para vir ao mundo e desenvolver a sua história dentro da sociedade. Com isso, as mães não têm o direito de tirar a vida de nenhuma criança. Elas não podem pensar somente em si, esquecendo do futuro da humanidade que aos poucos vão cessando as vozes das crianças que lutam pelo mundo melhor. Diante dessa realidade devemos sempre nos perguntar: “O que vai acontecer no mundo sem as vozes das crianças?”

Comentário do filme "Gladiador"




Título: GladiatorGênero: Épico Direção: Ridley Scott
Roteiro: David H. Franzoni, John Logan e William NicholsonProdução: David H. Franzoni, Steven Spielberg e Douglas Wick




Maximus e o Imperador Marcus Aurelis lutaram muito na guerra por amor da Roma antiga, e Commodus filho de Marcus Aurelius, está somente na busca do poder. Marcus Aurelius, no filme, não é um verdadeiro estóico, como nos relata nos seus pensamentos. Ele se preocupa muito com o que a humanidade vai dizer depois da sua morte, esquecendo da sua vida real. O estoicismo aparece no momento da conversa com Maximus que era visto como um homem de quatro princípios: a firmeza, sabedoria, justiça e temperança e no lado oposto seu filho Commodus com um grande rancor e ambição de poder.
Marcus Aurelius, antes de ser assassinado pelo seu filho Commodus, revela que o governo ficará com Maximus e não com Commodus. Com este fato, começa a grande guerra e ciúmes de Commodus por Maximus.
Maximus tem uma família e sonha em voltar para casa e encontrar com sua mulher e seu filho, mas passa por situações muito difíceis até que defronta com a mulher e o filho morto e acaba se tornando escravo e passando por momentos tenebrosos, mas como tem princípios na vida, vence muitos desafios e se torna o gladiador. No final, morre e passa pelo caminho das flores para chegar junto com as pessoas que ele sempre amou (mulher e filho), diferente de Commodus que desde pequeno não sente o amor do pai e busca sempre destruir o outro para ser valorizado pelo poder e não pelo próprio amor conquistado.
O filme nos relata que na vida devemos ter virtudes e princípios concretos de amar e a conseqüência vem em sermos amados e transmitirmos a confiança para o outro. Não precisamos subir no pedestal para sermos valorizados, mas tentarmos salvar vidas pela melhoria da nossa sociedade que pensa no poder e não no ser humano como pessoa que necessita de atenção para viver uma vida mais digna e fraterna.


Comentário da Tragédia Grega “Édipo Rei”



Édipo era filho de Laio e Jocasta. Por ocorrência da morte de seu pai, ele foi criado por Lico. Apaixonou-se por Crispo, filho de Pélope, e fugiram para Tebas. No desespero das circunstâncias, Crispo atira-se no poço e morre. Seu pai Pélope acusa Laio de matar o filho e joga uma maldição: “Se tivesse um filho, seria morto pelo próprio e sua descendência sofreria conseqüências trágicas”.
Quando nasce o filho de Jocasta, Laio manda furar os pés e abandona-o no Monte Citerão, pelo medo da maldição. O pastor o encontra e batiza com o nome de Édipo (os pés inchados). Com o passar do tempo, a maldição cai sobre Édipo, no qual mata o pai e casa com a própria mãe sem saber. Com ela, tem quatro filhos: Polinice, Etéocles, Antígona e Ismene. Jocasta ao descobrir que Édipo era seu filho, se suicida e Édipo fura seus próprios olhos. Com o passar dos anos, foi expulso do reinado pelos filhos Polinice e Etéocles, que após a guerra acabaram morrendo. Antígona, sua filha que amava muito o pai, acompanha-o em seu exílio e após alguns anos ele falece em Colono.
Sigmund Freud vem nos contribuir com a sua teoria psicanalítica, relatando que os cinco primeiros anos de vida são decisivos na formação da personalidade. Ele descreve que passamos por quatro estágios: oral, anal, fálico e genital. No estágio fálico aparecem os prazeres de masturbação e da vida de fantasia da criança, que acompanham a atividade auto-erótica, preparando para o complexo de Édipo que foi uma das suas maiores descobertas, que ele mesmo tomou esse nome do rei de Tebas, que matou o pai e casou-se com a mãe. Ocorre no complexo de Édipo que o menino deseja possuir a mãe e afastar o pai, e a menina deseja possuir o pai e afastar a mãe. Esses sentimentos aparecem nas fantasias da criança no ato da masturbação e na alternância das ações de amor e de ódio em relação aos pais.
Através da interpretação de Freud, podemos perceber que Édipo continua muito real no nosso cotidiano. Devemos estar atentos com as crianças, as suas reações e comportamentos que surgem a partir da infância, porque são esses acontecimentos que vão permear toda a sua história, desencadeando ou não para uma vida totalmente erótica ou equilibrada diante dos fatos do dia-a-dia. Diante dessa situação, os pais devem estar atentos para ensinar e transmitir ao filho que tanto o pai quanto à mãe o amam, ele não precisa menosprezar nenhum dos dois. Mesmo que essa questão seja de modo inconsciente, os pais devem ajudar a criança a fazer um caminho de reconhecimento do amor ágape que estão recebendo.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Resenha do Filme " Tróia"



Comentário sobre o filme “TRÓIA”

Elenco: Eric Bana, Orlando Bloom, Brad Pitt, Diane Kruger, Rose Byrne, Peter O`Toole, Sean Bean, Brian Cox.
Direção: Wolfgang Petersen
Gênero: Drama, Aventura
Distribuidora: Warner Bros.


A guerra de Tróia iniciou-se quando os aqueus (primeiros Gregos semi-nômades) começaram a atacar Tróia, com o objetivo de vingar contra Paris que apaixonou-se por Helena de Esparta a mulher mais bela do mundo e os dois fugiram para Tróia. Helena era esposa de Menelau, irmão de Agamenon. Por esse episódio começa a gerar o sentimento de raiva que acabaram influenciando os espartanos e troianos, no qual, deram início a guerra de tróia.
Durante a guerra, Aquiles se revolta e abandona-a. Após um tempo ele retorna e enfrenta seu maior adversário Heitor e mata-o, pela fúria que ficou por ele ter se confundido e matado Pátroclo. Aquiles arrasta Heitor para que toda a cidade de Tróia o pudesse ver que ele estava morto. O pai de Heitor disfarçado entra na tenda de Aquiles e pede para sepultar com dignidade seu filho e Aquiles concebe seu pedido.
Após doze dias de luta, por ocasião da morte de Heitor, Ulisses constrói um cavalo de madeira colocando dentro os melhores guerreiros. O rei de Tróia pensando ser um presente do deuses, introduz o cavalo além dos muros da cidade. Por esse acontecimento, fizeram uma grande festa, comemorando a conquista de Tróia. No silêncio da noite os Espartanos saíram do cavalo, abrindo os portões de Tróia, para os outros guerreiros entrarem e juntos colocaram fogo na cidade. Durante o episódio, o grande rei da Antiguidade acaba falecendo, com uma flechada e cai nos braços da criada Briseida.
Mesmo diante de toda guerra, podemos perceber que o exemplo do pai de Heitor, que clama pela dignidade do sepultamento de seu filho, temos cidadãos humanos pensando pelo bem da sociedade. Hoje o mundo roga por uma qualidade de vida, onde cada pessoa possa ser e fazer o melhor de si mesmo, sem olharmos a classe social, raça e cultura da pessoa. Devermos olhar para o ser humano, refletindo o teu ser e não o fazer, porque como diz Rousseau, Jean Jacques no livro: Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens: “Quando cada um começou a olhar os outros e a querer ser olhado, a estima pública passou a ter valor. Quem cantava ou dançava melhor, o mais belo, o mais forte, destro ou eloqüente tornou-se o mais considerado, e foi este o primeiro passo para a desigualdade, e, ao mesmo tempo, para o vício: dessas primeiras preferências nasceram, por um lado, a vaidade e o desprezo e, por outro, a vergonha e a inveja”. (ROUSSEAU, 1994, p.170).
Muitas vezes, no decorrer da nossa vida acabamos colocando máscaras para esconder o que há no nosso interior e só revelamos o nosso exterior que não é o nosso verdadeiro ser diante das pessoas.


Resenha do Filme " A Odisséia"

Resenha e comentário do filme “A Odisséia”

Título do Filme: A Odisséia (The Odyssey, EUA 1997)
Direção: Andrei Konchalovsky
Elenco: Isabella Rosselini, Armand Assante, Eric Roberts, Greta Scacchi, Geraldine Chapin, Cristopher Lee, Irene Papas.

A Odisséia ocorreu no período Homérico, época da formação das cidades-estado, no século XII ao VIII a.C. e seu conhecimento está nas interpretações das lendas que encontramos nos dois poemas épicos que foram atribuídos a Homero.
O filme nos relata a saída e de maneira particular o retorno do guerreiro Odisseu à ilha grega de Ítaca que se localiza na costa Ocidental da Grécia. Odisseu sobrevive na guerra e ao seu término, caminha até o deus do mar Posidon que por sua vez quis ser fraterno para ajudar Odisseu, mas ele com sua prepotência diz: “eu venci a guerra sozinho e não precisei do teu poder”, mas furioso o deus do mar afirmou que ele não voltaria para casa. Reportando para os nossos dias atuais, podemos perceber que essa situação é real, porque se uma pessoa for melhor do que a outra, isso já é motivo de vingança e destruição. No entanto, Odisseu tinha uma meta na sua vida, que era retornar aos braços da sua amada Penélope e para o maior conhecimento do seu filho que o deixou, após o seu nascimento.
Odisséia enfrenta muitas dificuldades para retornar a ilha de Ítaca, tendo que enfrentar diversos deuses e monstros mitológicos. Após superar muitas barreiras ele chega à ilha, no tempo combinado com Penélope, que se não chegasse até o dia que nascesse a primeira barba em Telêmaco ela poderia casar. Na chegada Odisseu encontra com seu filho que não o reconheceu no primeiro momento. Odisseu vai até sua casa, onde estavam reunidos os homens que queriam tomar posse do seu reinado e entra da disputa para ver quem consegue atirar com os arcos as flechas e passar por todos os buracos. Com isso, Odisseu toma a arca nas mãos e acerta o alvo, passando por todos os buracos da flecha e continua com seu reinado nas mãos, juntamente com sua amada Penélope.
A Odisséia do século XII ao VIII a.C. continua sendo muito atual nos nossos dias, porque a exemplo do Odisseu, que sofre com tantas dificuldades para voltar a ilha, também nós, devemos ter metas na nossa história pessoal. Com elas seremos mais fortes para enfrentar os empecilhos que a vida nos proporciona.
A exemplo dos filósofos que surgem a cada época da história, eles têm uma meta que buscam para provar os seus conhecimentos através dos conceitos de cada realidade proposta.
A meta muitas vezes não é fácil, porque devemos comprometer-se conosco e com o outro, que em muitos momentos nos dificultam a alcançá-la, porque não temos os mesmos pensamentos, sentimentos e abertura para acolher os obstáculos que a vida nos proporciona, mas é nesse emaranhado de impedimentos que vamos conhecendo-nos melhor e nessa medida acabamos conhecendo o outro que caminha conosco. Através desse caminho que conseguimos alcançar nossos objetivos e criar outros para tornarmos a vida mais dinâmica e estrutural para nossa caminhada pessoal e social.

O Nascimento da Filosofia

O nascimento da Filosofia

Para os grandes historiadores, ocorreu a criação da filosofia de forma análoga nas colônias gregas, nas costas jônicas, nas cidades helênicas da Ásia Menor nos primeiros anos do século VI a.C.e na própria Grécia no século V. Ela nasce graças à sabedoria dos gregos orientais e tem como significado Philo – Philia, que significa amor, amizade e Sophia sabedoria.
Para entendermos a gênese da filosofia é necessário compreendermos a religião grega que se distingue entre a religião pública; tem o seu modelo na representação dos deuses e do culto que nos foi dada por Homero, e a religião dos mistérios que tem suas próprias crenças específicas e suas próprias práticas. Além desses dois mistérios, os mistérios órficos influenciaram muito na história da filosofia. O orfismo introduz um novo esquema de crenças e uma nova interpretação da existência humana.
A filosofia dos gregos nasce da recusa de esclarecer o mundo através do mito que era a magia e os deuses. Os gregos perceberam as discordâncias e dificuldades dos mitos, e reformularam as narrativas místicas. Em suma, a filosofia grega é o amor desinteressado pela verdade.
Dentro do nascimento da filosofia é importante destacarmos a escrita que foi algo bem relevante, porque ocorreu a passagem das palavras para o significado do pensamento de cada homem.
Desde o nascimento, a filosofia apresentou de modo bem claro três conotações que são: o conteúdo (a filosofia pretende explicar a totalidade das coisas, sem excluir as partes ou momentos dela); o método (visa uma explicação puramente racional da totalidade que tem por objetivo); Objetivo (está no puro desejo de conhecer e contemplar a verdade).
A filosofia é um modo de vida, um modo essencial que justamente consiste em viver numa certa ciência que determina o sentido da vida filosófica. As ciências particulares formam a matemática, a física e a história.
Os primeiros questionamentos feitos pelos filósofos foram a busca do conhecimento racional da ordem do mundo e da natureza, que ficou conhecida como cosmologia (cosmos, mundo ordenado e organizado e logia = logos).
A filosofia aparece em Mileto, e um grupo de filósofos chamados precisamente de “físicos”, “naturalistas” ou “cosmólogos”, pertencentes a três gerações sucessivas, aproximadamente homens de grande relevo na vida do país. Os filósofos são: Tales de Mileto (624 – 546 a.C.) que introduziu a geometria na Grécia e também registrou que tudo o que se conhece é composto por quatro elementos: água, fogo, ar e terra. Anaximandro de Mileto (610 – 546 a.C.) Geógrafo, matemático, astrônomo e político, no qual afirmou que a origem de todas as coisas seria o a-perion, que significa aquilo que é, privado de limites, tanto externos como internos. Anaxímenes de Mileto (585 – 528 a.C.) tem como base explicar a origem do universo ou arché a partir de uma substância única e fundamental.
Além desses filósofos da escola Jônica temos também Pitágoras (571 – 496 a.C.); Heráclito (540 – 470 a.C.); Parmênides (544 – 450 a.C.); Zenão, de Eléia (Séc. V a.C.); Empédocles (490 – 435 a.C.); Anaxágoras (499 – 428 a.C.); Leucipo ( Séc V a.C.) Melisso 444 – 441 a.C.); Demócrito (460 – 370 a.C.) e outros .
Com a chegada dos filósofos sofistas, no século V a.C. o quadro mudou. A problemática do cosmos entrou em crise e a atenção passou a se concentrar no homem e em suas virtudes específicas. Nascia assim a problemática moral, que se distinguiu em dois momentos da vida: o do homem individualmente e do homem em sociedade.
A filosofia continua fazendo história até os dias atuais com os filósofos contemporâneos, que têm como base os filósofos citados juntamente com Platão e Aristóteles, coincidente com o século IV a.C., caracterizando-se, sobretudo, pela descoberta do supra-sensível e pela explicitação e formulação orgânica de vários problemas da filosofia.