sexta-feira, 14 de março de 2008

Comentário da Tragédia Grega "Antígona"


Antígona foi a única filha que não abandonou o seu pai Édipo, pois o amava muito e esse amor fez com que ela ultrapassasse as barreiras que os seus irmãos Polinice e Etéocles o colocavam, porque não queriam que ela levasse o pai para o seu exílio e seu amor foi tanto que ela não deixou-o até no momento que ele veio a falecer. Hoje temos muito a aprender com Antígona, a valorizar os pais que dão a vida pelos filhos e no final acabam indo para uma casa de idosos ou deixados trancados dentro da casa. Precisamos amar como eles nos amou ou se não sentimos amados, devemos transmitir o amor que nós gostaríamos de ter tido e por algum motivo não tivemos, pois as nossas necessidades são diferentes das dos nossos pais.
Quando retornou a Tebas, seus irmãos estavam brigando pelo trono, porque o importante para eles era o poder e não a vida da pessoa humana. Diante da guerra, seus irmãos morrem e o novo rei Creontes enterra com dignidade Etéocles e deixa Polinice, mas Antígona, não deixa a sua bondade e delicadeza e pede para enterrar seu irmão, porque ela preza muito a pessoa humana, na sua totalidade e não apenas num aspecto e numa realidade.
Creontes não aceita o gesto de Antígona enterrar o irmão e pede para enterrá-la ainda viva. Sua irmã Ismênia, indignada com o acontecimento, oferece para morrer no seu lugar, mas Antígona rejeita a proposta da irmã. Seu noivo, vendo a situação acaba se suicidando porque não é de acordo com a situação ocorrida.
Dentro da nossa casa ou ambiente onde estivermos devemos sempre amar as pessoas por aquilo que elas são e não pelo que fazem, porque muitas vezes agimos contra o nosso próprio coração, para sentirmos amados pelo outro ou para sermos melhores no sentido de querermos ter uma auto-estima alta, mas lá no fundo não passa de uma mera enganação conosco mesmo.


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